Crianças com deficiência driblam limitações nos festejos juninos da ADOTE

A inclusao de crianças com deficiência no convívio social e na participação de todas as atividades é direito previsto na Convenção das Nações Unidas, da qual o Brasil é país signatário, ou seja, a criança portadora de deficiências físicas ou mentais deverá desfrutar de uma vida plena e decente em condições que garantam sua dignidade, favoreçam sua autonomia e facilitem sua participação ativa na comunidade, conforme explica a convenção em seu artigo 23.
Com foco na inclusão, a Associação de Orientação aos Deficientes – ADOTE – realizou mais uma edição de seu já tradicional São João como os alunos da Escola Madre Fitzbach, que é mantida pela instituição. Além de muita dança junina, o evento contou com pescaria, comidas típicas e muito forró.
De acordo com a presidente da Instituição, Francisca Souza, o São João é um dos eventos mais esperados do ano e a carga de expectativa já começa em meados de maio. “Não só as nossas crianças ficam ansiosas, mas também os pais/responsáveis. Eles se perguntam: Será que meu filho vai se adaptar e transpor esse desafio?, A coreografia é muito difícil para ele?”, comenta a presidente, que acrescenta que o resultado positivo depende do suporte da escola e da família, que devem trabalhar em parceria.
Já a coordenadora pedagógica da escola Madre FitzBach, Katiene Miranda, conta que a experiência é positiva para crianças com e sem deficiência. “Trata-se de uma interação social importante para o crescimento de todos. O mundo não é feito de iguais e é importante que todos entendam e vejam a beleza disso desde pequenos”, comenta.
Na visão de uma mãe, a deficiência é só uma limitação, não é uma falta de capacidade. “Sempre expliquei para minha filha que ela pode fazer tudo que qualquer outra criança fizesse, mas do jeito dela e no tempo dela. Quero que ela cresça ciente das suas limitações, mas também de sua capacidade de adaptação”, finaliza a mãe que preferiu não se identificar.